TEXTOS QUE FAZEM PENSAR...
DICAS ÚTEIS:
*Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade.Ela assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que já escrevi."
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.* ***
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente.
Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.* ***
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.* ***
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.* ***
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe: Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.* ***
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz.
Mas a segunda vez é por sua conta e de ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.* ***
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.* ***
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras: 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.* ***
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.* ***
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa morrer jovem.* ***
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo o que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.* ***
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.* ***
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.Aconteceu dia 05 de março de 2012, 8 horas da manhã numa praia do Brasil
A beleza dos esportes em Slow Motion
LINK:
XV de Piracicaba celebra troféu Fair Play no Paulistão 2012:
XV de Piracicaba celebra troféu Fair Play no Paulistão
O time foi o que menos recebeu cartões na competição
Piracicaba, SP, 12 (AFI) - O XV de Piracicaba recebeu na noite de ontem o troféu Fair Play. A iniciativa foi da entidade Panathlon Club São Paulo, que em parceria com a Federação Paulista de Futebol premiou o time piracicabano como equipe mais disciplinada do campeonato paulista de futebol. “Mesmo com nossas dificuldades sempre fomos leais dentro de campo. Este é o espírito do nosso futebol”, disse o vice-presidente do clube, Rubens Braga.Invasão da Torcida do XV de Piracicaba:
"SAÚDE É O QUE INTERESSA! O RESTO NÃO TEM PRESSA!!!"
"SAÚDE É O QUE INTERESSA! O RESTO NÃO TEM PRESSA!!!"
Banda Piracicabana de Rock Compõe Música em Homenagem ao Alvinegro
Analise estas informações:
2013 = CENTENÁRIO DO E.C. "XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA"
2013 = COPA DAS CONFEDERAÇÕES no BRASIL
2014 = COPA DO MUNDO DE FUTEBOL no BRASIL
2016 = OLIMPÍADAS no BRASIL -RIO DE JANEIRO - RJ
2018 = COPA DO MUNDO = RÚSSIA
2022 = COPA DO MUNDO = KATAR
JÁ SE CONECTOU?
Criatividade de uma Juíza frente ao amor de um pai...
"Os problemas são os mesmos pra todo mundo, ricos ou pobres. A diferença existe apenas na maneira de encará-los, enfrentando-os, resolvendo-os ou se entregando" Mais ou menos assim falou este pai num dos trechos do video. Vale a pena assistir...
Entre no link, e veja até o final. Assistam até o fim, pois se trata de uma lição, em todos os sentidos! O amor incondicional de um pai, a criatividade de uma Juíza, a compreensão do sistema financeiro e seus advogados e, acima de tudo, a presença de uma força divina! E para quem gosta de DIREITO, reflita sobre a diferença entre direito e justiça. Surpreendente o enfoque dessa Juíza Federal, de apenas 38 anos, que resgata a fé no Poder Judiciário. http://daleth.cjf.jus.br/vialegal/materia.asp?CodMateria=1478
Há uma luz em algum lugar que vai fazer seu sonho se realizar. É só você acreditar que uma nova estrela vai brilhar, nunca deixe de sonhar.
1) VOCÊ ENCONTROU ALEGRIA EM SUA VIDA?
2) VOCÊ PROPORCIONOU ALEGRIA AOS OUTROS?
Quais são as SUAS respostas hoje?
Jogo Japonês -Veja a idade de sua memória Esse joguinho é prá exercitar o cérebro:
O bom e velho “RIO PIRACICABA” Foto tirada do Rio Piracicaba na piracema/2012..
MUDANÇAS:
Mudanças
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses são suficientes para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.” - Por Carlos Drummond de Andrade.Acerte seu relógio:
Pedras no caminho
“Quem alimenta o cérebro com bons princípios, boas idéias, terá todas as facilidades para trilhar o caminho da felicidade ”
O que somos é um presente de Deus, o que nos tornamos é o nosso presente para o mundo.
Les Voca People débarquent !
Panoramio - Photos by LUPNETO
JOGO DA FORCA (clique abaixo);
PASSATEMPO (JOGOS = clique abaixo):
Fez até os profissionais chorarem: RODEIO
XVZÃO ehoh XVZÃO ehoh!!! É CAMPEÃO!!! É CAMPEÃO!!!
É CAMPEÃO!!!
nós percorremos livres e sem empecilhos,
mas um labirinto de passagens,
pelas quais nós devemos procurar nosso caminho,
perdidos e confusos, de vez em quando
presos em um beco sem saída.
Porém, se tivermos fé,
uma porta sempre será aberta para nós,
não talvez aquela sobre a qual
nós mesmos nunca pensamos,
mas aquela que definitivamente
se revelará boa para nós."
A. J. Cronin
“ Para que levar a vida tão a sério
"HAJA O QUE HAJAR" "TRAGA-ME A PROBLEMÁTICA, QUE TE TRAGO A SOLUCIONÁTICA"
VM e DMPA
O que é MEME?
A VIDA E SUAS HISTÓRIAS ( LIFE AND STORIES )
O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente!
"Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las!" M. T. de Calcutá
"Você pretendiam me fazer mal, mas Deus o tornou em bem para realizar o que está sendo feito agora, a salvação de muitas vidas." Gênesis 50:20MICROCONTOS:
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Despedida do TREMA
nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos
aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e
cinqüentas anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu
simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos!
Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se
disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos
disseram que eu sou um preguiçoso que trabalho deitado enquanto eles ficam
em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se
passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem
aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto
final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele
negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um
topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de
moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá,
"www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de
Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam
certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo
que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa.
Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um
dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nós nos veremos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.
Adeus,
Trema.
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Prêmio Europeu para a Vida, em memória de Chiara Lubich
Movimentos europeus pela vida reunidos em Roma
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Ladrão se arrepende e devolve dinheiro roubado após 60 anos
Arrependido, um ladrão devolveu com juros o dinheiro que havia roubado de uma loja no centro de Seattle, em Washington (EUA), na década de 40. Ele ainda escreveu um bilhete, pedindo desculpas por ter roubado entre US$ 20 e US$ 30 da caixa registradora da loja “Sears”. O homem colocou uma cédula de US$ 100 no envelope enviado ao gerente do estabelecimento.
Ladrão devolveu dinheiro roubado depois de 60 anos. (Foto: Reprodução)
"Nos anos 40 eu roubei dinheiro de uma caixa registradora em uma quantia de US$ 20 - US$ 30... Eu quero devolver este dinheiro com US$ 100", dizia o bilhete.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Comer tudo que vê pela frente
Comer tudo que vê pela frente
A atitude de comer grandes quantidades de comida em intervalos curtos de tempo, sensação de perda de controle sobre o ato de comer e, em seguida, arrependimento de ter comido é chamado de Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica. Está associado aos transtornos emocionais, como depressão, ansiedade e compulsivo-impulsivo. Sabe-se que aparece em 2% da população em geral e, particularmente, em cerca de 30% dos obesos. O quadro é muito semelhante à Bulimia, mas a diferença é que não há necessidade de vomitar depois de comer bastante. Constata-se também, em termos psicológicos, que os pacientes com Compulsão Alimentar Periódica possuem auto-estima mais baixa e se preocupam mais com o peso e com a forma física do corpo do que pessoas que também sejam obesas sem a Compulsão Alimentar Periódica. Destaca-se a história de transtorno alimentar e (ou) transtorno do humor na família (transtorno de ansiedade, depressão). Entre portadores de Compulsão Alimentar Periódica é comum existirem parentes de primeiro grau também com transtorno alimentar ou quadros depressivo-ansiosos. Os fatores sócio-culturais têm início nos padrões de relacionamento no ambiente familiar. Há em nossa sociedade, e também na maioria dos ambientes familiares, extrema valorização da estética corporal, do corpo magro, atribuindo grande culpa para a pessoa que não se encaixa no modelo estético desejável culturalmente. A cobrança exagerada para o controle alimentar por parte dos familiares, a vigilância insistente sobre a dieta, críticas pretensamente construtivas, comparações maldosas com pessoas “esbeltas e elegantes” muitas vezes acabam causando efeito contrário do que esperavam esses familiares, ou seja, a pessoa vigiada acaba desenvolvendo algum transtorno alimentar e, entre eles, com muita freqüência a Compulsão Alimentar Periódica. Um dado interessante na Compulsão Alimentar Periódica é que, em média, esses pacientes consumem 56% de toda sua ingestão calórica diária no período noturno, entre as 22 e 6 horas, ao passo que a população geral consome aproximadamente apenas 15% da ingestão calórica diária nesse período. O tratamento para a Compulsão Alimentar Periódica é múltiplo, devendo envolver o uso de medicamentos, intervenções psicológicas e nutricionais.
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sábado, 26 de novembro de 2011
Em dois anos, jovem perde 76 quilos Após dieta rigorosa, Alice Vinall passou de 120 kgs para 44,5 kgs e foi internada 'Estou feliz por estar viva
Jovem britânica deixa de ser obesa para ficar anoréxica
Yahoo! Notícias – 3 horas atrásEm dois anos, Alice Vinall passou de 120 quilos para 44,5 quilos. (Foto: Reprodução/The Sun)
Alice conta que começou a fazer exercícios pesados e passou a comer apenas uma refeição por dia. Com o organismo debilitado, ela chegou até a desmaiar.
A jovem foi internada numa clínica especializada em distúrbios alimentares, onde durante 18 meses passou por uma dieta especial até atingir cerca de 70 quilos. “Ser gorda quase me matou. Quando saí da clínica, quebrei a balança do banheiro com um martelo. Agora estou feliz por estar viva”, declarou.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
TV flagra queda de helicóptero na Nova Zelândia
O piloto Greg Gribble, que tem 20 anos de experiência, escapou sem ferimentos graves. Ninguém se machucou.
Uma emissora local flagrou o acidente. Veja o vídeo:
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Atropelamento em prova off-road
A Baja 1000 é uma corrida de carros off-road no México que é disputada todos os anos desde 1967. Ela não prima pela segurança, já que os competidores passam com seus carros no meio do público, que tira fotos literalmente dentro da pista, abrindo espaço apenas quando os veículos se aproximam muito.
O piloto Wes Bevly IV, dos EUA, resolveu evitar o percurso com muita lama que havia debaixo de uma ponte. Para isso, reduziu um pouco a velocidade e foi para o meio das pessoas, que estavam ao lado do que seria a pista. Um ciclista não conseguiu fugir a tempo e foi atropelado. Ele sofreu lesões leves na cabeça, mas passa bem. Veja o acidente a partir de 1:10:
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Cãozinho guarda túmulo de seu dono
Durante uma semana, o animal foi visto ao lado da sepultura do seu melhor amigo. Como o animal estava sem se alimentar, os moradores levaram comida e água para ele. A história é bem parecida com a do filme 'Sempre ao Seu Lado'. Vale a pena assistir e se emocionar.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Quando a máscara vira rosto
ELIANE BRUM - 03/10/2011 08h48 - Atualizado em 12/10/2011 20h48
Quando a máscara vira rosto
Todo mundo inventa seus personagens, mas alguns acreditam demais no próprio e se estrepam
ELIANE BRUM
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.
elianebrum@uol.com.br
@brumelianebrum
Ter um ou mais personagens para encarar a pedreira do mundo é não só necessário, como uma questão de sobrevivência. Especialmente se você tiver uma sensibilidade extremada. Nascemos com uma pelezinha de bebê também na alma (e aqui não me refiro ao sentido religioso do termo) e precisamos protegê-la. Se há algo que os outros pressentem é o tamanho da nossa fragilidade. Por isso um chefe abusivo sempre sabe com quem pode gritar – e com quem é melhor não. Muita gente é como aqueles cães de caça farejando o flanco mais indefeso para atacar sua presa. Triste, triste. Mas mais triste é quando, em nome da necessidade de sobreviver, criamos um personagem que se mostra tão útil que acaba se confundindo com nossa derme mais profunda. Se criar personagens é preciso, despir-se deles constantemente é vital.
Como ando bastante por aí, tanto por razões profissionais quanto por gosto, observo muito as pessoas. E seus personagens. E, muitas vezes, tenho vontade de dizer, e em algumas delas, se há um grau de intimidade que me permita falar sem ofender, eu digo: “Pronto, você já fez o seu show. Agora, por favor, para jantar comigo enfia a máscara dentro da bolsa e relaxa”.
Ninguém se iluda de que é absolutamente verdadeiro o tempo todo, até porque somos muitas verdades ao mesmo tempo e seguidamente elas são contraditórias. Aquelas pessoas que parecem muito “autênticas” porque são extrovertidas, dizem coisas chocantes, se arriscam no estilo, estão muito bem cobertas por suas máscaras e morrem de medo de serem reveladas. A máscara do “autêntico”, “louco” ou “excêntrico” é uma das mais corriqueiras. Este tipo faz piada com o ponto fraco dos outros, dando gargalhadas e batendo nas costas da vítima e, quando alguém reclama, uma meia dúzia de amigos sai em sua defesa dizendo que “é o jeito dele”. Ahan.
Há o tipo “bonzinho” que, mesmo fazendo coisas horríveis e muito bem dissimuladas de vez em quando, é tão convincente no “foi sem querer” ou “ele jamais faria isso de propósito” que é imediatamente perdoado. Existe a “mulherzinha”, tão frágil que parece que vai quebrar a qualquer adjetivo mais eloquente. Esta manipula brilhantemente nossos mais primitivos instintos de proteção e, se você tem a coragem de dizer para ela tomar jeito e prescindir do diminutivo, imediatamente é você quem vira uma megera. E há o seu oposto, “a mulher alfa”, esculpida a navalhadas, que se arma de sapatos de bico fino, terninhos de grife e cortes de cabelo modernos, mas práticos, para arrasar meio mundo a bordo de sua armadura como se o melhor produto do feminismo fosse uma mulher se tornar um clichê de homem.
Enfim, são muitas as fantasias que vestimos para não sermos engolidos pelo mundo. Em geral não somos nem mesmo uma máscara definida, como as que acabei de expor apenas como recurso didático. Não somos Batman, Coringa, Gilda, Bambi ou Madre Tereza de Calcutá. Somos uma mistura de vários estereótipos. E, se é verdade que vestimos máscaras, também é verdade que não há um “eu” essencial – mas sim um “eu” fluido e incapturável, em constante movimento de mutação. E é nesta fluidez do eu, que não pode ser confundida com ausência de rosto, que residem nossas verdades mais profundas.
Acho que nossas máscaras começam a colar no nosso rosto ainda na infância. Uma mistura entre a necessidade de rotular que os pais em geral têm e o nosso desejo de satisfazê-los – ou de escapar da prisão que intuímos. Numa família com mais de um filho é mais fácil perceber. Um é o extrovertido, o outro é o tímido, outro ainda é o rebelde. Ou um é o estudioso que “não dá trabalho nenhum”, o outro é o vagabundo que ninguém sabe “por quem puxou”. E há o outro que tem – socorro! – “transtorno do déficit de atenção e hiperatividade”.
Os pais costumam botar um rótulo em cada filho, e a escola raramente tem competência para, em vez de reforçá-los, quebrá-los para que as crianças tenham outras possibilidades de expressar aquilo que são ou se tornar algo diferente do que foram levadas a ser. Uma pena, porque quebrar máscaras impingidas ainda na infância talvez seja a grande função de um educador. É muito difícil identificar se alguém “é assim” ou se tornou o que sempre ouviu que era. Agora, que as crianças são medicalizadas cada vez mais cedo e os rótulos ganharam status de “diagnóstico”, com a entrada do “especialista”, danou-se.
De fato, ninguém é – todos nós nos tornamos. E este “tornar-se” não é um caminho linear rumo a um rosto definitivo, que daria conta de nossa essência. Não há essência, o que existe é construção a partir de um conjunto de genes, de influências ambientais e experiências as mais variadas, de inscrição no momento histórico e de livre arbítrio – ainda que o livre arbítrio nunca seja tão livre assim. Embora possa ser assustador pensar que não há um “eu” essencial a ser alcançado, de fato é bastante libertador.
Somos uma constante invenção e reinvenção. E, tão importante quanto, desinvenção. Vale a pena não esquecer que sempre podemos nos desinventar. Ainda que carreguemos conosco tudo aquilo que vivemos, a mágica está em dar novos significados a antigas experiências e ter a sabedoria de nos livrarmos do que não é nosso, apenas foi impingido a nós como uma roupa de gosto duvidoso. Por isso, é bom tomarmos muito cuidado para não rotular os outros, como se nossas sentenças fossem imunes de preconceitos. E mais cuidado ainda se estes outros forem os nossos filhos, para que nossos rótulos não virem destino.
Acho que a melhor forma de não impingir máscaras aos outros é não impingi-las a nós mesmos. É bem fácil cair na tentação de transformar uma de nossas máscaras, aquela que nos parece mais eficaz no embate cotidiano, em nosso rosto definitivo. A máscara se torna tão usada que vai se fundindo primeiro à nossa pele, depois aos nossos ossos. Não é que vire ferro, como no clássico de Alexandre Dumas. O problema é que vira carne humana, mesmo. E aí, meu amigo, fica bem difícil de arrancá-la, porque passamos a acreditar que morreremos no processo. Ou que, por trás dela, não há um ou muitos rostos, mas um vazio infinito. Muita gente se agarra a seu personagem com medo de que, se a máscara for arrancada, descubram que não há nada lá. A máscara serviria, neste caso, para esconder a ausência de face.
Tento me livrar da tentação de virar personagem, uma máscara só, pela própria escrita. Parte do ímpeto que me move a inventar outras vozes narrativas para mim e outras bases para estabelecer o cotidiano se dá pelo meu temor de acabar gostando demais de alguma máscara conveniente. Tento me quebrar o tempo todo me jogando em desafios novos sem pensar muito nos riscos para me desgarrar da tentação das certezas sobre mim. Tem funcionado.
Além das mudanças mais profundas, que quem me acompanha nesta coluna está cansado de saber, há pequenas trocas de atitude que podem ser bem divertidas. Eu sempre fui disciplinadíssima, por exemplo. Estou numa luta feroz comigo mesma para deixar de ser. No último final de semana consegui um feito inédito em 45 anos de vida: dormi 16 horas seguidas. Almocei e ainda me entreguei a mais duas horas de sesta. Vou acabar esta coluna e tomar uma cerveja em comemoração a isso.
Sempre fui pontualíssima e, como todas as pessoas pontuais deste país, esperava muito. A ponto de o garçom ficar com pena e vir conversar comigo. Agora, com exceção dos compromissos de trabalho, resolvi deixar todo mundo me esperando. É uma delícia a cara de surpresa dos amigos. Chego e está todo mundo lá. Costumava comer chocolates aos poucos. E, quando ia comer, antecipando o gosto do bombom desmanchando na minha boca, alguém lá de casa já tinha dado cabo dele. E ainda me acusava: “Você faz isso de propósito, para me tentar. Por sua causa, acabo engordando”. Pronto, além de ficar sem chocolate, ainda era culpada pelo descontrole alheio. Mudei. Agora devoro compulsivamente meus chocolates e também o dos outros.
Não, não parecem mudanças muito salutares, eu sei. Mas elas cumprem, pelo menos por algum tempo, a função de me desconstruir tanto aos meus olhos como aos olhos dos outros, que cultivam a pretensão de que a gente seja a mesma até o final dos tempos. Um peso que, com licença, não pretendo arrastar por aí como se fosse meu.
Especialmente nas questões mais profundas, desmascarar a si mesmo é uma prática importante do cotidiano. E também um ato que precisa ser constantemente recriado. Nosso instinto de sobrevivência engendra armadilhas e argumentos bem convincentes para absorver este “duvidar de si mesmo”, que nos mantêm alertas com relação a nossos próprios ardis, e acaba por torná-lo mais um penduricalho que tem apenas um efeito placebo. O que o mercado faz com a contestação ao mercado, transformando-a em um produto, nós fazemos com relação à nossa porção contestadora, ao transformá-la em nossa versão de mercado. De tal forma que, um dia, sem perceber, paramos de tirar a maquiagem no fim da noite e dormimos acreditando que a máscara é a nossa cara.
Dias atrás encontrei um conhecido muito talentoso. É brilhante mais vezes do que a maioria. Arrasta com ele uma legião de fãs. E, principalmente, tem o que dizer porque é um grande criador. Fazia algum tempo que não o encontrava pessoalmente e fiquei estarrecida ao perceber que ele tinha virado um personagem, um bufão. Não mais um bufão como forma de contestar a hipocrisia, mas um bufão como forma de não ser contestado em sua hipocrisia.
Torço para que ele perceba a tempo que a máscara é uma versão bem pobre dele mesmo, já que não tenho intimidade para dizer a ele eu mesma. Enquanto isso, ao testemunhar a figura triste em que ele se transformou, tratei de aprimorar meus próprios alarmes antimáscaras. E escrevi esta coluna na esperança de que ela possa ajudar a acionar a sirene em cada leitor. As máscaras têm sua função, desde que não nos apeguemos a elas a ponto de fazer da mais confortável um rosto que agrada a todos – menos a nós mesmos.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)
A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico
ELIANE BRUM - 14/11/2011 09h59 - Atualizado em 14/11/2011 09h59
A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico
A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?
ELIANE BRUM
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.
elianebrum@uol.com.br
@brumelianebrum
O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.
- Você é evangélico? – ela perguntou.
- Sou! – ele respondeu, animado.
- De que igreja?
- Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...
O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:
- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.
A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.
Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.
Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.
É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.
Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.
Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.
Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.
Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras)
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Cataratas e Amazônia entram em lista preliminar das 7 Maravilhas da Naturezaनातुरेज़ा:
Bogotá, 11 nov (EFE).- As Cataratas do Iguaçu e a Amazônia foram escolhidas nesta sexta-feira como duas das Sete Novas Maravilhas da Natureza, em uma votação que contou com a participação de milhares de pessoas através de votos pela internet e mensagens de texto.
A nova lista é completa com: baía de Halong, no Vietnã; Parque Nacional de Komodo, na Indonésia; a ilha de Jeju, na Coreia do Sul; a Montanha da Mesa, na África do Sul; e o rio subterrâneo de Puerto Princesa, nas Filipinas, segundo os resultados da votação, ainda preliminares, que foi divulgada pelo site "new7wonders.com".
Veja vídeo: http://news.yahoo.com/video/us-15749625/27232830
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A organização do concurso, uma iniciativa do empresário suíço Bernard Weber, advertiu, no entanto, da possibilidade de haver alguma mudança na relação, pois os resultados da votação até agora são provisórios e ainda devem ser validados.
Esta advertência não bastou para estragar a festa em alguns dos lugares escolhidos como maravilhas da natureza.
Na cidade amazônica peruana de Iquitos, o júbilo explodiu ao se saber que a região, com o rio mais longo e caudaloso do mundo e sua floresta, foi reconhecida como uma maravilha natural.
Além de soltar fogos de artifício, muitos moradores locais se lançaram às águas do Amazonas para festejar.
"Esta declaração representa muitos turistas mais para Loreto, milhares de dólares mais para investi-los em um desenvolvimento sustentável e limpo da região, um progresso que não danifique o meio ambiente (...), agora cuidemos todos muito mais do Amazonas", disse à Agência Efe o presidente da região de Loreto, Ivan Enrique Vásquez.
O Governo regional de Loreto foi o promotor da candidatura do Amazonas, e por conseguinte da região, embora a gigantesca bacia desse rio de 6.800 quilômetros de extensão abranja territórios de outros países como Brasil, Equador e Colômbia.
"O rio Amazonas nasce no Peru e 60% do território peruano é Amazônia; o Peru não é identificado como país amazônico, mas agora, depois dessa escolha, há um apelo muito forte para o investimento", disse a diretora de Promoção de Turismo da Estatal Promperú, María del Carmen Reparaz.
A mesma alegria de Iquitos foi vivida na província argentina de Misiones, onde ficam as Cataratas do Iguaçu, em um enclave na fronteira com Brasil e também perto do Paraguai.
"São uma maravilha", é a manchete do jornal eletrônico Territoriodigital.com com grandes letras em cima de uma foto na qual se aprecia a magnificência deste conjunto de mais de 270 quedas de água, alguns de quase 80 metros.
Outro jornal digital, "La Voz de Cataratas", tornou extensivo o reconhecimento a todos os habitantes da região: Somos maravilha!
Além disso, o jornal anunciou que há festa na cidade de Puerto Iguazú e na brasileira Foz de Iguaçu e que as autoridades convocaram a população para participar de uma caravana e de um espetáculo de fogos de artifício no Marco das Três Fronteiras.
"Isto é histórico, todo o esforço que fizemos para chegar aqui, todo o investimento, agora a enfocaremos na capacitação e nas melhoras da infraestrutura de todo o local, e da província", disse o governador de Misiones, Maurice Closs.
Closs agradeceu em mensagem "às milhares e milhares de pessoas que votaram nas Cataratas no mundo todo" e especialmente ao povo de sua província por ter feito "o esforço para escolher as Cataratas como uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza".
A votação aconteceu pela internet, telefone e mensagens de texto. Até agora a organização não informou de quantas pessoas votaram, nem da percentagem de votos que receberam as candidatas escolhidas.
As sete maravilhas da natureza surgiram da votação das 28 candidaturas finalistas, escolhidas por um painel de especialistas após vários critérios, entre as mais de 450 apresentadas.
A votação terminou neste dia 11 de novembro de 2011 às 11 horas, 11 minutos e 11 segundos GMT.
O empresário suíço Bernard Weber, fundador da empresa New Open World Corporation, da qual partiu a iniciativa, agradeceu pelo apoio que teve.
"Que teve tempo de participar demonstrou que se preocupa com algo que é muito importante para todos nós: nossa casa, a Mãe Terra", escreveu em sua página na internet.
Das 28 finalistas, sete candidaturas eram da América, cinco da Europa, duas da África, três da Oceania e 11 da Ásia.
Entre as candidaturas finalistas que não alcançaram a votação necessária para ganhar estão lugares conhecidos como o Grand Canyon, nos Estados Unidos; o Mar Morto, em Israel; e a Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Da América Latina não conseguiram Salto Ángel, na Venezuela; as ilhas Galápagos, no Equador; e Floresta Nacional El Yunque, em Porto Rico.
O portal "new7wonders.com" anunciou que no início de 2012 serão organizadas cerimônias oficiais para apresentar as Sete Novas Maravilhas da Natureza. EFE
domingo, 23 de outubro de 2011
HISTÓRIAS DE TUPI E REGIÃO - PIRACICABA SP |
Festa de São João - Tupi A tradicional Festa de São João de Tupi, Distrito de Piracicaba é, sem dúvida, a maior e mais tradicional festa junina da região. Historias de Nossa Região
Festa Confederada 1 Uma das grandes atrações nas Festas Confederadas que, em todo mês de abril, acontecem no Cemitério do Campo e/ou
Festa Confederada 2 Publicada no livro "História de Santa Bárbara d'Oeste" - página 91, esta foto, de Tomas May, retrata a Festa Confederada Antonio Carlos Angolini - Fundação Romi / Arquivo Histórico
A Estação Experimental de Tupi na sua História. A atual Estação Experimental de Tupi, pertence à Divisão de Florestas e Estações Experimentais do Instituto Florestal de São Paulo apresenta, 22 de julho de 1992 Pesquisa: Antonio Carlos Angolini
Horto Florestal de Tupi Situado numa área de 200 hectares, é o principal ponto turístico do Distrito de Tupi. De importância nacional, a base do Cine Tupi
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Vídeo mostra bebê fugindo de berço Mãe decide colocar câmera no quarto dos filhos e vídeo mostra bebê escalando e pulando o berço Que fofo!
Vídeo flagra bebê gêmeo fugindo do berço
Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo! Notícias – 8 horas atrásPara descobrir como um dos filhos gêmeos fugia do berço, uma mãe instalou uma câmera no quarto das crianças. Ela acreditava que o “fujão” fosse ajudado pelo irmão, mas o vídeo mostra que o bebê age sozinho. Ele escala o berço e pula para fora, enquanto o irmão apenas o observa.Veja o vídeo:
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Lixo Extraordinário (2010) - TRAILER OFICIAL
JOANA D'ARC- O FILME COMPLETO/FULL FILM/FILM ENTIER
Joana d'Arc foi uma das mulheres mais fortes e guerreiras que o mundo já conheceu. Nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, França. Pertencia a uma família de camponeses, foi educada para ser uma boa esposa, para isso aprendia as prendas domésticas. Fora isso, não recebera outro tipo de educação, era praticamente analfabeta. Ao completar 13 anos a jovem passou a ouvir vozes sagradas: São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida. A primeira orientação feita pelas vozes à Joana foi de que a menina deveria permanecer virgem para obter a salvação de sua alma. Mais tarde as vozes passaram a orientá-la sobre política, dizendo que deveria coroar o príncipe herdeiro do trono, Carlos, mais conhecido como delfim, e salvar a França dos ingleses. Joana foi concebida no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito que se iniciou em 1337 e teve fim em 1453. A situação francesa era crítica tanto na política como na economia. A Igreja estava enfraquecida devido às limitações do papado, para sobreviver em meio aos poderosos a Igreja saiu em busca de alianças.
Com a França em decadência, a Igreja optou por aliar-se à Inglaterra, que até então era a mais forte. Para Joana e sua família, tais alianças significava o início de tragédias, já que o feudo era vizinho de Lorena, onde se localizava o vilarejo de Domrémy. Com isso, as terras da família d'Arc passaram a sofrer constantes ataques. Na época em que os borguinhões se apossaram de vez de Domrémy, em 1428, Joana tinha 16 anos de idade. Com os conselhos das vozes santas na cabeça, decidiu que iria coroar o rei. Tinha consciência de que a paz só seria possível com uma França forte, e que o país só atingiria tal objetivo quando o delfim recebesse a coroa na catedral de Notre-Dame de Reims, conforme a tradição. Decida, Joana convenceu o padrinho, um soldado que já havia se aposentado, a acompanhá-la até a cidade de Vaucouleurs. Ela tinha o objetivo de persuadir o nobre Roberto de Baudricourt, chefe militar e senhor local, a lhe conceder um exército. No primeiro encontro se impressionou com a força e a coragem da jovem, mas não cedeu um exército de imediato. Na espera de uma resposta favorável, Joana ficou vagando por Vaucouleurs. Nesse tempo acabou levando muito soldado na conversa.
Ao tomar conhecimento de que cada vez mais soldados juravam lealdade à Joana, Baudricourt não teve alternativa. D'Arc partiu para o castelo de Chinon, quartel-general do delfim Carlos, juntamente com o duque de Anjou, com os cavaleiros que havia amealhado e com os soldados que Baudricourt finalmente lhe concedera. Ao chegar a Chinon, Carlos já havia sido informado sobre a jovem camponesa, provavelmente louca, que dizia ouvir vozes sagradas. Ficando meio receoso, permaneceu dois dias recluso, discutindo com a corte se deveria ou não recebê-la. Por fim d'Arc convenceu Carlos de que estava ali com um propósito e que era digna de ser recebida por ele. Com tudo, delfim equipou e abençoou Joana em sua Marcha até Orléans. Apesar de estarem em menor número, os franceses contavam com a força, coragem e garra de Joana. A batalha durou alguns dias e os ingleses recuaram.
Em maio de 1429, a França obteve sua primeira grande vitória militar. Joana d'Arc estava pronta para sua missão, a de coroar o delfim, sendo assim, em julho de 1429, Carlos recebeu a coroa do rei na Catedral de Notre-Dame de Reims. Com isso, Joana havia atingido seu objetivo maior, só que sua ambição militar falou mais alto. Partiu para Paris a fim de expulsar os ingleses, em setembro de 1429 invadiu Paris, onde foi derrotada, seus soldados partiram em retirada, mas seu espírito guerreiro resistiu. Joana foi capturada, levada para a fortaleza de Beaulieu e, logo em seguida, para o castelo de Beaurevoir. Tentou escapar de ambas as prisões, mas não obteve êxito, Joana foi vendida pelos borguinhões por 10 mil libras aos ingleses. Em 1430, foi levada a julgamento no tribunal inglês, sendo conduzido pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Todas as acusações eram de ordem religiosa: bruxa, herege, idólatra, entre outras. Martírio que durou seis meses, sua sentença foi ser queimada viva.
Cumpriu-se então a sentença, Joana foi queimada viva em uma fogueira aos 19 anos de idade. Foi o fim da heroína francesa.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/historia/joana-d-arc.htm
CLIQUEABAIXO
http://youtu.be/w-6YEwxUaO8
Janine Benyus fala sobre biomimetismo - 1
दोसोर्गानिस्मोस
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Policial pula do carro e escapa विवो:
Músiquinha bem animada para um acidente, hein?!
#Podeisso, Loucademia de Polícia?
Sigam-me os bons: Twitter - @lorran_s
domingo, 9 de outubro de 2011
'Super-Humanos':
'Super-Humanos': aos 92 anos, vovó Olga é um fenômeno do atletismo
No #2 capítulo, a senhora que está sendo estudada por cientistas porque, apesar da idade, seus músculos parecem não sentir a passagem do tempo
Por GLOBOESPORTE.COM Vancouver, Canadá
A maioria dos adultos trabalha duro, paga impostos e junta dinheiro de olho em uma aposentadoria confortável. Ao chegar à terceira idade, as pessoas querem apenas descansar e curtir a vida. Agora, no segundo capítulo da série "Super-Humanos", do Esporte Espetacular, você vai conhecer a história da vovó Olga, uma idosa de 92 anos que virou fenômeno do atletismo e está sendo estudada por cientistas da Universidade McGill, de Montreal, no Canadá.
'Super-Humanos' #1: o britânico que aguenta nadar em águas congelantes
Olga Kotelko é filha de imigrantes ucranianos radicados no Canadá. Na infância, trabalhou na lavoura e depois virou professora. Após uma desilusão amorosa no casamento, resolveu dar uma guinada: divorciada, mudou-se com as duas filhas para Vancouver, cidade que respira esportes. E foi aí que sua vida mudou radicalmente. Apesar de tardiamente, ela descobriu o atletismo aos 77 anos e foi recomendada por muitos médicos a procurar outras atividades mais leves, como caminhada ou hidroginástica. Mas Olga resolveu se arriscar na nova descoberta:
- Havia um clube de atletismo para veteranos no meu bairro, e eu olhava e pensava: "nossa, isso é muito difícil". Não era para alguém da minha idade. Então um dia fui assistí-los em uma competição e vi uma mulher jogando algo da altura do pescoço, era um arremesso de peso. Pensei, "se ela consegue, também consigo". Foi assim que comecei - contou.
Recordes, medalhas e espanto geral
Daí para frente Olga não parou mais. Aos 79 anos participou da sua primeira competição e não tomou conhecimento das outras atletas - da mesma faixa etária. No arremesso de dardo, jogou o objeto 10 metros a mais que as concorrentes. As adversárias pareciam não entender e ficaram curiosas, fazendo perguntas, como ela mesma conta: "Como você é tão forte? O que você comeu? Quem é seu treinador?".
No currículo, mais de 20 recordes mundiais em diversas modalidades do atletismo: arremesso de peso, disco, dardo, martelo e corridas de curta distância, como 100m e 200m. Quebras de marcas e muitas medalhas, uma supremacia assustadora em um esporte que cada milésimo vale muito. Por exemplo, o tempo de Olga nos 200m (56s46) é quase 15 segundos menor que o da segunda colocada (1m09s09).
O desempenho de Olga chamou tanta atenção que os cientistas da Universidade McGill resolveram entender melhor o que ocorre com o corpo dela. Nas pessoas comuns, com o passar do tempo, é normal a diminuição da massa muscular. Mas isso não acontece da mesma maneira com ela, seus músculos parecem não sentir a passagem do tempo.
(Foto: Reprodução/TV Globo)
- O que sabemos é que a decadência muscular dos humanos começa a partir dos 50 anos. Só que depois dos 70, a perda de massa muscular é imensa e são justamente os músculos que vão determinar o quão independentes nós vamos ser na terceira idade. Se vamos conseguir levantar sozinhos da cadeira, evitar quedas ou controlar nossos movimentos - disse Russ Hepple, PHD em fisiologia pela Universidade McGill.
- Os músculos de Olga, quando você olha, não parece de alguém com 90 anos. Eles têm 60, 70 anos no máximo. Por que? Esse é o grande mistério - levantou a questão, Tanja Taivássalo, professora e pesquisadora da Universidade McGill.
Das pistas para o laboratório
A atleta aceitou o pedido dos cientistas para ser estudada no laboratório. Olga teve o corpo todo mapeado para tentar desvendar os segredos da sua resistência. Pegaram um pedaço de músculo para analisar as células. Dentro de cada célula existe a mitocôndria, que funciona como uma central de energia. Com o avanço da idade, a mitocôndria apresenta defeitos, e a célula não alimenta mais os músculos corretamente. No entanto, apesar dos 92 anos, as células das fibras de Olga estão a pleno vapor, sem falhas.
- Tipicamente o que vemos a partir dos 70 anos é de 1% a 2% de células mortas, por causa de defeitos na mitocôndria. Isso deixa os músculos mais fracos. Em Olga, não vimos nada disso. É impressionante - disse Tanja.
A explicação para o desempenho fora do normal pode estar na rotina de treinamento. Olga não para nunca, se mantém em atividade regularmente: cuida do jardim em casa, trabalha no bazar da igreja local, faz academia e treina sempre respeitando o próprio corpo.
- Com o envelhecimento fui aprendendo o valor do tempo. Escolhi ser uma atleta de coração jovem em vez de uma velinha problemática. Acredito de verdade que nunca é tarde para alcançar uma boa saúde. Mas você tem que trabalhar para isso, não vai acontecer do nada - avisou Olga.
Sempre de olho no futuro
Professor e pesquisador da Universidade McGill, o brasileiro Dilson Rassier acha que a pesquisa sobre as habilidades "super-humanas" da vovó Olga pode ajudar a vida de outros idosos futuramente:
- Acho que vamos acabar derrubando vários dogmas, que podem ou não impedir pessoas de fazer atividade física, pessoas com idade avançada, com certas doenças neuromusculares. Só tende a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas num futuro próximo.
O senhora de cabelos brancos que chamou a atenção de todos também adota um curioso sistema de alongamento e massagem, que ela faz sozinha em casa. O processo dura cerca de uma hora e vai do fio de cabelo até as pontas dos pés. Olga garante que depois do ritual está renovada e pronta para outra maratona de exercícios. E parece que ela está sempre pronta, sempre olhando para frente:
- Não vejo nenhuma razão para eu parar e não planejo parar. Estabeleço objetivos para mim e adoro competir - finalizou.
'Super-Humanos':
'Super-Humanos': o britânico que aguenta nadar em águas congelantes
Sem a ajuda de roupas ou aparelhos, Lewis Gordon Pugh tem a habilidade
de aumentar a temperatura do seu corpo antes de fazer longas travessias
Por GLOBOESPORTE.COM Londres
Nadar em uma água congelante seria fatal para qualquer pessoa. Menos para o britânico Lewis Gordon Pugh. Sua especialidade é suportar águas onde os termômetros marcam menos de zero grau. O nadador tem a habilidade de aumentar a temperatura do corpo antes de entrar em ação e é capaz de se esquentar sem a ajuda de roupas ou aparelhos. A história de Lewis é o início de 'Super-Humanos', a nova série do Esporte Espetacular. (Assista ao vídeo ao lado!)
Lewis nasceu na Inglaterra, começou a nadar aos 17 anos e virou especialista em travessias abertas em mares e lagos. Seus grandes ídolos foram os exploradores, que desbravaram os extremos do planeta, como os Pólos Norte e Sul.
- Eu pensei que poderia ser o primeiro homem do mundo a nadar em lugares tão remotos, que os meus ídolos descobriram. Só que o meu foco foram os oceanos - contou o nadador.
A temperatura média do ser humano varia entre 36 e 37 graus e pode desabar rapidamente à exposição ao frio, em quatro ou cinco minutos. É o que explica o fisiologista e biólogo da USP, José Eduardo Bicudo.
- Quando a temperatura do centro do corpo atingir 32 graus, começa a acontecer a falência dos órgãos internos e o indivíduo acaba morrendo - destacou o especialista.
Para não seguir esse roteiro, Lewis treinou em piscinas de gelo, que deixavam a temperatura da água em seis graus. Confiante de que poderia ir longe, ele decidiu partir para um novo desafio: ser o primeiro homem a nadar um quilômetro na Ilha Petermann, na Antártica, em 2005.
Ao cair na água e nadar mil metros, os pesquisadores que o acompanhavam notaram que a temperatura corporal de Lewis ultrapassava 38 graus, acima do esperado para um humano.
- Muito disso me parece algo mental, como se seu corpo estivesse se antecipando a dor. Eu coloco a minha mão em água quase congelando e em 30 segundos a dor é insuportável. Ele fez isso com o corpo todo e durante 20 minutos - afirmou o coordenador das travessias de Lewis, Tim Toyne-Swell.
No desafio seguinte, Lewis fez uma travessia de 204 km, em Sognefjord, no mar da Noruega. Nadou durante 18 dias, com a temperatura da água em três graus. Lá, os pesquisadores encontraram uma resposta para o caso. Antes de virar nadador, Lewis cumpriu uma temporada no exército britânico como paraquedista e encarou uma situação de vida ou morte num acidente aéreo.
- Um dos meus amigos saltou de para-quedas do avião e ficou preso pelo cabo da aeronave. Tive que resgatá-lo puxando o cabo e foi agoniante. Depois disso, todo e qualquer salto era um pesadelo para mim. O único modo de saltar era juntar toda a raiva que eu tinha e me atirar para fora. Quando comecei a treinar, não conseguia entrar na água gelada e um amigo me disse para eu pensar que era um salto e me concentrar. Segui esse conselho, me imaginei no avião e deu certo - disse.
Concentração
Para se isolar do ambiente, Lewis ouve música antes de cair na água para nadar. Assim, os hormônios circulam mais rápido pelo corpo, o coração dispara, o pulmão passa a ventilar mais oxigênio que o normal e os músculos começam a produzir calor, aumentando a temperatura corporal em dois graus e retardando a hipotermia.
Conhecendo mais sobre o seu dom, Lewis percebeu que, nadando, poderia carregar uma mensagem. Além da aventura, as travessias passaram a ter um enfoque político, chamando a atenção das pessoas para o aquecimento global.
- Eu queria ser a voz da água. Em todo o planeta, ela está sob ameaça. Quero procurar lugares do mundo em que eu possa nadar e carregar uma mensagem - contou.
Depois de 21 dias de travessia no Rio Tâmisa, na Inglaterra, Lewis decidiu procurar o maior desafio da carreira: o mar do Ártico, no Pólo Norte, com água a -1,5 graus.
- Me lembro de estar ali, olhando para a água e pensando que nunca tinha visto algo tão assustador. A água era preta e escura, mas era uma travessia política.
E foi nessa travessia que ele mostrou porque é um super-humano. Concentrado, nadou um quilômetro em pouco menos de 19 minutos e jurou nunca mais repetir tal desafio. Mas Lewis não cumpriu a promessa. No ano passado, ele nadou num lago perto do Monte Everest, a maior montanha do planeta e até deixou um recado para os brasileiros.
- Meu sonho é um dia nadar no Brasil. Há muitos lugares onde a água está sob ameaça no país. É o nosso recurso mais valioso e não podemos fazer nada sem ela - encerrou.