TEXTOS QUE FAZEM PENSAR...
DICAS ÚTEIS:
*Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade.Ela assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que já escrevi."
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.* ***
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente.
Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.* ***
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.* ***
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.* ***
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe: Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.* ***
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz.
Mas a segunda vez é por sua conta e de ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.* ***
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.* ***
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras: 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.* ***
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.* ***
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa morrer jovem.* ***
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo o que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.* ***
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.* ***
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.Aconteceu dia 05 de março de 2012, 8 horas da manhã numa praia do Brasil
A beleza dos esportes em Slow Motion
LINK:
XV de Piracicaba celebra troféu Fair Play no Paulistão 2012:
XV de Piracicaba celebra troféu Fair Play no Paulistão
O time foi o que menos recebeu cartões na competição
Piracicaba, SP, 12 (AFI) - O XV de Piracicaba recebeu na noite de ontem o troféu Fair Play. A iniciativa foi da entidade Panathlon Club São Paulo, que em parceria com a Federação Paulista de Futebol premiou o time piracicabano como equipe mais disciplinada do campeonato paulista de futebol. “Mesmo com nossas dificuldades sempre fomos leais dentro de campo. Este é o espírito do nosso futebol”, disse o vice-presidente do clube, Rubens Braga.Invasão da Torcida do XV de Piracicaba:
"SAÚDE É O QUE INTERESSA! O RESTO NÃO TEM PRESSA!!!"
"SAÚDE É O QUE INTERESSA! O RESTO NÃO TEM PRESSA!!!"
Banda Piracicabana de Rock Compõe Música em Homenagem ao Alvinegro
Analise estas informações:
2013 = CENTENÁRIO DO E.C. "XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA"
2013 = COPA DAS CONFEDERAÇÕES no BRASIL
2014 = COPA DO MUNDO DE FUTEBOL no BRASIL
2016 = OLIMPÍADAS no BRASIL -RIO DE JANEIRO - RJ
2018 = COPA DO MUNDO = RÚSSIA
2022 = COPA DO MUNDO = KATAR
JÁ SE CONECTOU?
Criatividade de uma Juíza frente ao amor de um pai...
"Os problemas são os mesmos pra todo mundo, ricos ou pobres. A diferença existe apenas na maneira de encará-los, enfrentando-os, resolvendo-os ou se entregando" Mais ou menos assim falou este pai num dos trechos do video. Vale a pena assistir...
Entre no link, e veja até o final. Assistam até o fim, pois se trata de uma lição, em todos os sentidos! O amor incondicional de um pai, a criatividade de uma Juíza, a compreensão do sistema financeiro e seus advogados e, acima de tudo, a presença de uma força divina! E para quem gosta de DIREITO, reflita sobre a diferença entre direito e justiça. Surpreendente o enfoque dessa Juíza Federal, de apenas 38 anos, que resgata a fé no Poder Judiciário. http://daleth.cjf.jus.br/vialegal/materia.asp?CodMateria=1478
Há uma luz em algum lugar que vai fazer seu sonho se realizar. É só você acreditar que uma nova estrela vai brilhar, nunca deixe de sonhar.
1) VOCÊ ENCONTROU ALEGRIA EM SUA VIDA?
2) VOCÊ PROPORCIONOU ALEGRIA AOS OUTROS?
Quais são as SUAS respostas hoje?
Jogo Japonês -Veja a idade de sua memória Esse joguinho é prá exercitar o cérebro:
O bom e velho “RIO PIRACICABA” Foto tirada do Rio Piracicaba na piracema/2012..
MUDANÇAS:
Mudanças
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses são suficientes para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.” - Por Carlos Drummond de Andrade.Acerte seu relógio:
Pedras no caminho
“Quem alimenta o cérebro com bons princípios, boas idéias, terá todas as facilidades para trilhar o caminho da felicidade ”
O que somos é um presente de Deus, o que nos tornamos é o nosso presente para o mundo.
Les Voca People débarquent !
Panoramio - Photos by LUPNETO
JOGO DA FORCA (clique abaixo);
PASSATEMPO (JOGOS = clique abaixo):
Fez até os profissionais chorarem: RODEIO
XVZÃO ehoh XVZÃO ehoh!!! É CAMPEÃO!!! É CAMPEÃO!!!
É CAMPEÃO!!!
nós percorremos livres e sem empecilhos,
mas um labirinto de passagens,
pelas quais nós devemos procurar nosso caminho,
perdidos e confusos, de vez em quando
presos em um beco sem saída.
Porém, se tivermos fé,
uma porta sempre será aberta para nós,
não talvez aquela sobre a qual
nós mesmos nunca pensamos,
mas aquela que definitivamente
se revelará boa para nós."
A. J. Cronin
“ Para que levar a vida tão a sério
"HAJA O QUE HAJAR" "TRAGA-ME A PROBLEMÁTICA, QUE TE TRAGO A SOLUCIONÁTICA"
VM e DMPA
O que é MEME?
A VIDA E SUAS HISTÓRIAS ( LIFE AND STORIES )
O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente!
"Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las!" M. T. de Calcutá
"Você pretendiam me fazer mal, mas Deus o tornou em bem para realizar o que está sendo feito agora, a salvação de muitas vidas." Gênesis 50:20MICROCONTOS:
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Últimas notícias do Egito
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Se eu ficar sabendo de algo mais, aviso.
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Jaueras.
Porque a vida é mais.
Estudantes acham “normal” prova com questões sobre crime
Marina Morena Costa, enviada a Santos | 21/02/2011 19:00A+A-
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Há uma semana, os alunos do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro do São Bento, em Santos, receberam uma avaliação de matemática inusitada. O professor Lívio aplicou problemas matemáticos com contextos de atividades ilícitas, como venda de drogas, roubo de carros, assassinato, armas e prostituição. Apesar de os pais de uma aluna terem denunciado o caso à Polícia e do docente ter sido afastado do cargo, o conteúdo não assustou os estudantes.
As questões que perguntavam sobre a quantidade de tiros que uma AK-47 pode dar sem ser recarregada e sobre o lucro da venda de heroína “batizada” com pó de giz não causaram espanto para os alunos entrevistados pela reportagem do iG. “Não vi nada de errado na hora que ele aplicou a prova. Só depois é que virou polêmica”, afirma Luan, de 14 anos. Marcelo, 15, e Kaiq, 14, também afirmam não ter encontrado problemas nas questões. “Achei normal”, declara Marcelo.
Foto: Marina Morena CostaAmpliar
Entrada da Escola Estadual João Octávio dos Santos
Para Talita, de 15 anos, o professor foi mal interpretado. “Ele queria mostrar que o crime não compensa. Acho que ele não tem relação nenhuma com criminosos”, diz a estudante. A colega Alice acredita que o professor queria chamar a atenção da turma. “E ele conseguiu, porque os meninos ficaram bem mais interessados”, conta a aluna de 15 anos.
Silvia Colello, professora doutora da Universidade de São Paulo (USP), avalia que foi o professor de matemática quem mal interpretou o principio de trazer a realidade para a escola. “A prova tem uma ideologia implícita, porque mostra sempre o ponto de vista do bandido. É ele quem lucra, quem vende, quem faz a ação. Não há nenhuma questão educativa, que abra espaço para a discussão, para o debate”, analisa a especialista em Psicologia da Educação.
Silvia avalia que a troca de bolinhas de gude, frutas e figurinhas – objetos costumeiramente usados em problemas matemáticos – por armas e drogas foi uma tentativa mal sucedida de deixar a prova “engraçada” e atrativa aos estudantes.
Em casa, a reação dos pais foi diferente da dos alunos. Quando souberam do teor da prova, muitos ficaram furiosos. “Minha mãe não entendeu o que ele (professor) fez”, diz Jéssica, 15 anos. Raquel da Silva Xavier, mãe de um aluno da 9ª série, achou a prova “um tremendo absurdo”. “A gente tenta com muito custo deixar nossos filhos fora disso e os problemas que ele deu eram todos parte desse mundo do crime”, reclama.
Segundo relatos de estudantes que preferiram não se identificar, o tráfico de drogas é uma realidade presente no cotidiano do bairro. As gírias e expressões utilizadas pelo professor Lívio na prova estão nas rodinhas de estudantes. A escola fica localizada no alto do Morro São Bento, bairro de classe média baixa de Santos. Em frente à instituição, há uma base da Polícia Militar.
Afastamento
Os alunos lamentam o afastamento do professor. A polêmica prova foi aplicada no primeiro dia de aula, 14 de fevereiro. No dia seguinte, Lívio pediu desculpas aos estudantes e disse que não gostaria mais de tocar no assunto. No terceiro dia de aula o docente foi afastado e desde então a turma está sem professor de matemática. A Secretaria de Educação informa que atribuição das aulas de matemática da turma irá acontecer no dia 24. Enquanto isso um professor substituto deve assumir as aulas. Nesta segunda-feira, os estudantes não tiveram aula de matemática, porque outros dois professores faltaram sem aviso. Segundo a Secretaria, a aula de hoje será reposta.
De acordo com os estudantes, a direção da escola não se pronunciou nem explicou o motivo do afastamento do professor. Para Silvia Colello, perde-se uma segunda oportunidade de discutir a criminalidade com os alunos. “A gente paga um preço alto por não debater essas questões. Trazer o conhecimento para o contexto do aluno é importante. Mas ao assumir que o contexto do aluno seja o do bandido, perde-se a oportunidade de educar”, afirma a pesquisadora.
Procurada pela reportagem, a direção da escola afirmou que não pode se pronunciar e que o caso está sob responsabilidade da Coordenadoria de Ensino do Interior da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
Em depoimento a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), nesta segunda-feira, a diretora da escola alegou que desconhecia o teor da prova de Lívio. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Francisco Garrido Fernandes, a diretora afirmou que não conseguiu conversar com o professor, pois logo após a polêmica ele foi afastado do cargo pela Secretaria de Educação e entrou com um pedido de licença médica.
A Dise também irá ouvir o docente, mas segundo Fernandes, Lívio ainda não foi encontrado para receber a intimação de depoimento. A reportagem também não o localizou. O professor poderá responder por apologia do crime.
Veja as questões aplicadas aos alunos do primeiro do ensino médio da Escola Estadual João Octávio dos Santos:
Foto: Reprodução
Cópia do caderno de uma aluna foi anexada ao inquérito policial que investiga o caso
TELEFONEMA DO SUS:
- Alô!
- A Sra.Silva, por favor.
- É ela.
- Aqui é Dr. Arruda do Laboratório. Ontem,quando o médico enviou a biopsia do seu marido para o laboratório, uma biopsia de um outro Sr. Silva chegou também e agora não sabemos qual é do seu marido. Infelizmente, os resultados são ambos ruins...
- O que o senhor quer dizer?
- Um dos exames deu positivo para Alzheimer e o outro deu positivo para AIDS.
Nós não sabemos qual é o do seu marido.
- Nossa! Vocês não podem repetir os exames?
- O SUS somente paga esses exames caros uma única vez por paciente.
- Bem, o Sr. me aconselha a fazer o que?
- O SUS aconselha que a senhora leve seu marido para algum lugar bem longe de sua casa e o deixe por lá. Se ele conseguir achar o caminho de volta, não faça mais sexo com ele.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Ensino médio afasta aluno da escola
Ensino médio afasta aluno da escola
Etapa foca apenas no preparo para o vestibular, mas não prepara jovens "para o mundo", segundo educadores
Até a 8ª série, Evelyn Manuel Rodrigues era a típica boa aluna, com caderno caprichado, gosto pelos estudos e notas acima da média. Na 1ª série do ensino médio, seu rendimento caiu, faltou várias vezes às aulas, chegou atrasada tantas outras, acabou reprovada e desistiu de estudar. Longe de ser uma exceção, ela entrou para um grupo que consiste na metade dos estudantes desta etapa de ensino: os que desistem antes de terminá-la. A escola não consegue manter o interesse dos adolescentes.
A falta de atratividade é tema da segunda reportagem da série do iG Educação sobre o ensino médio. Além dos alunos que deixam de estudar nesta fase, muitos dos que ficam não demonstram vontade de aprender, o que contribui diretamente para torná-la a pior etapa da educação brasileira.
Para especialistas, ensino médio com o currículo atual é inútil para a maioria dos estudantes
“O ensino médio, como está, é algo inútil na vida da maioria dos jovens”, afirma Elizabeth Balbachevsky, livre docente do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora participante de grupos internacionais na área de educação para jovens. Para a ela, a orientação para o vestibular, objetivo de quase todas as escolas desta etapa é um desperdício.
Leia o restante da série:
“Para quem não está na perspectiva de entrar na faculdade, a sala de aula não tem nada a oferecer. O ensino brasileiro tem uma carga muito forte, toda preparatória para o acesso à universidade e não para a vida ou o curso superior em si”, comenta. O problema é que a maioria não vai prestar o tão esperado processo seletivo, principalmente antes de experimentar primeiro o mercado de trabalho: só 15% dos jovens brasileiros de até 29 anos fizeram ou estão fazendo um curso superior. Nos países mais desenvolvidos esta porcentagem dobra, mas ainda fica muito longe de ser maioria.
O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, concorda que o foco do ensino médio precisa ser ajustado. “No mundo todo, a fase tem um caráter terminativo. Dali para frente a pessoa está preparada para começar a vida adulta, pode até ser na faculdade, para quem quer, mas também pode ser trabalhando ou em qualquer projeto. A educação básica está concluída”, diz.
Para Ayrton Souza, única função do ensino médio é preparar para o vestibular
Hoje aos 19 anos, Evelyn Rodrigues, a jovem que abre esta reportagem, percebeu a falta que lhe faz os estudos. Nos três anos em que ficou longe da sala de aula, trabalhou como tosadora de cães, foi morar com o namorado e ficou grávida. “Nesta época, eu queria trabalhar. Quando arrumei um emprego, achei que estava aprendendo mais lá do que na escola. A aula parecia não ter muito haver com minha vida. Agora sei que era fundamental para melhorá-la.”
“Acho que a escola podia dar um curso”
Os alunos do ensino médio reconhecem o objetivo pré-vestibular da escola. Ao ser questionado sobre para que serve essa fase, Ayrton Senna da Silva Souza, de 16 anos, estudante do 3º ano na escola estadual José Monteiro Boanova, no Alto da Lapa, área nobre de São Paulo, resume a função em uma frase: “Para mim, esta é a etapa que vai mostrar quem está pronto para entrar na faculdade”, disse.
Recém-formado, Carlos Educardo Dias acha que a escola podia ter oferecido "cursos" que ajudassem na busca do emprego
Quando a pergunta é o que gostariam que a escola oferecesse, a resposta muda. “Um curso”, responde Carlos Eduardo Dias, de 18 anos, que se formou na mesma unidade em dezembro. Ele espera fazer curso superior um dia, quando souber melhor em que área quer se especializar e tiver dinheiro para pagar a mensalidade. Enquanto isso, trabalha como auxiliar em uma concessionária de veículos. “Tive sorte de ser indicado, mas acho que a escola podia dar um curso que ajudasse mais, de informática, de vendas, algo assim.”
Outra colega do 3º ano, Eliza Rock da Silva, de 17 anos, mesmo tendo a universidade como meta, gostaria de ter mais autonomia e um ambiente melhor para aprender. “Acho que se os alunos tivessem o direito de escolher parte do curso, diminuiria o desrespeito pelos professores e, quem tem interesse, conseguiria estudar. Eu gostaria.”
A superintendente do Instituto Unibanco, Wanda Engel, sugere, além de conteúdos voltados ao mercado de trabalho, mais atividades culturais e esportivas nas escolas. Ela lembra que até pouco mais de uma década, o ensino médio era uma "festa" para os jovens que tinham acesso a ele. Os alunos se envolviam em grêmios estudantis, festivais culturais, competições esportivas e outras atividades que desapareceram da maioria das instituições. Para a educadora, só há dois motivos capazes de manter os jovens na escola: “ou eles vão porque vale o esforço, vão aprender algo útil e conseguir emprego; ou porque há atividades atrativas, que os envolvem”.
Para Eliza, mais autonomia geraria respeito em sala de aula para interessados poderem estudar
Formação do ser humano
Nem só o mercado de trabalho precisa de jovens bem formados. O professor de Políticas Educacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e diretor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Pablo Gentile, lembra que os jovens também são cidadãos, eleitores e ajudam a definir a cara da sociedade brasileira. "O ensino médio deveria se preocupar com a formação do ser humano", resume. Ele entende que a adolescência é um momento de transformação da pessoa e, portanto, é essencial que bons valores sejam apresentados. "O ensino médio é uma oportunidade impar para que o jovem se depare com o conhecimento que vai torná-lo ativo e produtivo”, afirma.
Para ele, em vez de um conteúdo voltado ao vestibular ou ao mercado de trabalho imediato, as escolas deveriam focar nas disciplinas que ampliam o entendimento do mundo em que vivem, com noções de política, filosofia, sociologia, ciências, português e matemática. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenta atrair a escola para esses focos, ao solicitar nas provas de acesso a boa parte das universidades públicas mais conhecimentos gerais e capacidade de raciocínio do que conteúdos específicos. “Um cidadão melhor se tornará, inclusive, bom profissional.”
Ainda esta semana:
Quarta-feira: O que significa a má qualidade indicada nos índices?
Quinta-feira: Falta o mínimo: professores qualificados
Sexta-feira: Iniciativas que podem mudar este quadro
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- ensino médio •
- série especial •
- atratividade •
- interesse •
Últimas notícias do Último Segundo
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Computador digital 'completa' 65 anos:
Eniac pesava 30 toneladas, mas era mais devagar que qualquer calculadora de engenharia de hoje
Sex, 11 Fev, 06h36
Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil
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Hoje em dia um iPhone na mão de uma criança é um brinquedo manipulado com extrema naturalidade. Quem nasce na era do touch-screen não imagina que está diante de um velhinho que, nesta segunda-feira (14), completa 65 anos de vida: o computador digital. A data marca o lançamento do Eniac (abreviação de Electrical Numerical Integrator and Computer), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, entre 1943 e 1946. A importância do Eniac está em ser o primeiro computador eletrônico digital que calculava em larga escala.
"O Eniac foi o primeiro do tipo desenvolvido nos Estados Unidos em um projeto bem sucedido e predecessor de computadores importantes para a evolução dessas máquinas", afirma Maria Cristina Ferreira de Oliveira, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a professora, o projeto inicial previa o investimento de US$ 150 mil, mas acabou custando US$ 400 mil. "Na época, para criar qualquer máquina era necessário mihões de dólares", conta Maria Cristina.
Computadores e a guerra
Engana-se quem imagina que, na década de 1940, os pesquisadores pensavam em elaborar um computador para uso pessoal. Essas máquinas se desenvolveram significantemente com a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. O Eniac, por exemplo, foi criado para calcular tabelas balísticas. "Os americanos queriam saber como deveriam posicionar seus canhões para certar o alvo. Antes do Eniac, esses cálculos exigiam grande esforço humano, sistematizado e automatizado com o computador e que também reduziu erros", explica a professora.
O Eniac demandava muita mão de obra. Ele ocupava uma sala com 300 m2, tinha 2,5 m de altura e pesava 30 toneladas. Possuía 17.470 válvulas que esquentavam e , por queimarem, sempre tinham que ser substituídas. Ele era programado fisicamente por um painel repleto de plugues e chaves - conforme a posição delas, ele executava uma tarefa.
Os dados eram inseridos por meio de cartões perfurados, sendo que o resultado era apresentado em um painel repleto de luzes, chaves e cabos que acendiam ou apagavam de acordo com a função. Realizava cinco mil operações aritméticas por segundo. De acordo com o Computer History Museum, localizado na Califórnia, Estados Unidos, em uma década esse trambolho fez mais contas do que a humanidade inteira tinha feito até então. "Hoje, qualquer calculadora de engenharia é mais rápida que ele", conta Maria Cristina.
História do computador
No livro "Introdução à Programação com Ada 95", o autor Arthur Vargas Lopes conta que as avós dos computadores eram as máquinas de somar no início do século 17. Em meados de 1800, criou-se uma conhecida como "difference engine" que definiu o conceito de computador digital mecânico controlado por programa, que incorporava uma unidade aritmética, uma unidade de armazenamento, mecanismos para leitura e gravação de cartões perfurados para impressão".
Segundo o museu Computer History Museum, o censo de 1890 nos Estados Unidos, com cerca 63 milhões de habitantes, não teria terminado antes de 1900 se não fosse criada a máquina de tabulação que lia dados gravados em cartões perfurados. Inspirado na ideia, em 1934, o computador Mark 1, projetado na Universidade de Harvard, multiplicava dois números de 23 dígitos em seis segundos - um computador atual faz o mesmo em menos de um segundo.
Depois do Eniac, nasceu o Edvac com memória binária - como são os computadores atualmente -, marcando o aparecimendo dos modernos computadores digitais. O Edvac, diferentemente do antecessor, usava a mesma memória para armazenar dados e programas sem a necessadade de alterações na parte física (espécies de manivelas). Em seguida, veio o Univac, primeiro computador comercial. "Antes, os computadores eram essencialmente usados em ambientes acadêmicos e de pesquisa", explica Maria Cristina. "Países, bancos, grandes coorporações tinham interesse nele, já que fazia cálculos funcionando em diferentes contextos", completa.
A demanda pelo computador crescia em meados de 1950. Na época, os interessados reservavam horas para usá-lo. Até que vieram os mainframes, que poderiam ser comprados por um preço mais acessível, mas deveriam ser mantidos em salas refrigeradas. Para aplicações acadêmicas, foram criados os minicomputadores e, em seguida, os microcomputadores e os computadores pessoais (PCs). Até chegarmos ao que conhecemos hoje. Veja a evolução dos computadores, com fotos do Computer History Museum: